Bem, mas vou explicar exactamente o que dá o mote a este título. Tudo começa com a morte de um dos homens mais ricos da pequena cidade de Sparta. Na busca urgente de um culpado, Virgil Tibbs (Sidney Poitier), um negro que esperava pelo comboio para sair da cidade, é imediatamente considerado suspeito por questões puramente raciais. Mas quando o chefe de polícia local, Chief Bill Gillepsie, se apercebe que Tibbs é, não um criminoso mas, um detective de Filadélfia especialista em homicídios procura a sua ajuda. É então que as pressões para afastar Virgil do caso e a pressa para condenar as pessoas erradas começam a aparecer. Isto só faz com que a vontade de afirmação da força e competência de Virgil se torne ainda mais forte e encontrar o culpado torna-se uma tarefa pessoal.
Mas este filme, como já disse, não tem a sua grande força na história. Primeiro, a forte personagem de Mr. Tibbs, em vez de ser o herói justo e perfeito, é antes apresentada com todos os seus defeitos (até demonstra algum racismo). Depois temos um bom desempenho de Rod Steiger, no papel do Police Chief Bill Gillepsie, que lhe valeu aliás o Óscar de melhor actor principal. Temos ainda uma realização muito moderna que me surpreendeu bastante. Estava cheia de bons planos de câmara e com muitos efeitos de zoom in e zoom out que nos levam de muito perto de um objecto ou personagem para muito mais longe que aquilo que seria de esperar. Notei ainda que houve muito mais utilização de câmaras não-fixas nas cenas exteriores do que aquilo que tenho visto nos nossos filmes. Por fim, tenho que destacar e elogiar a banda sonora criada por Quincy Jones e com participação de Ray Charles, muito ao meu gosto.
Resumindo, adorei o filme. Caiu-me que nem ginjas! É um filme leve mas com todos aqueles ingredientes especiais que fazem os bons filmes. Depois aquele jazz só serviu para que gostasse ainda mais do filme. Vejam, revejam e tornem a rever! Vale muito a pena!
Por fim, a quote que marcou este filme:
"They call me MISTER Tibbs!"
PS: Desculpem se me alonguei muito no texto, mas não conseguia dizer o que queria em menos palavras.
PS2: Olha a Dolores que coitada só tinha 16 anos!
1 comentário:
Vi o filme e gostei. Não é assim brilhante mas espelha bem a mentalidade dos estados sulistas e a discriminação social a que os negros estavam sujeitos. Sidney Poitier faz grande papelão, tentado manter-se o mais profissional possível, não deixando num "whitey" fazer pouco dele.
Devo deixar aqui um reparo do quanto apreciei a banda sonora. Já referenciada pelo Sta, esta banda sonora é obra do grande génio da música Quincy Jones, que enche a película de funk, blues e soul, o que lhe atribui na minha opinião uma certa leveza.
Boa escolha.
Cajada.
Enviar um comentário